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Cartão magnético: uma realidade que demanda cuidados

cartão magnético

O uso do cartão magnético é uma realidade no Brasil. E cresce a cada ano o uso deles. Entre 2009 e 2016, por exemplo, cresceu em 28,28%. Os dados são do Banco Central.  O problema é que também podem aumentar as transações suspeitas, principalmente quando usados pela internet. Como fazer, então, para se prevenir contra esses problemas? Veja aqui seis dicas dadas pelo gerente de produto do Mercado Pago, Bruno Silva.

1. Acompanhe periodicamente os extratos de sua conta

Como diz o ditado, o seguro morreu de velho. Não confiar tanto na lembrança do que comprou ou deixou de comprar. Não cartão magnéticoachar que todo valor cobrado é realmente o devido. Se você não costuma comprar em certos sites e chega uma cobrança deles para você, algo errado há. Por isso, sempre verifique no velho extrato de papel ou na tela de seu celular as entradas e saídas de sua conta. Algumas medidas andam sendo tomadas para  ajudá-lo a ter certeza de seus gastos. O Mercado Pago, por exemplo, lançou o  soft descriptor (que identifica cada lojista nos extratos da conta, ao lado do valor que foi transacionado). Isso permite um controle mais prático e simples da sua conta.

2. Cuidado com ligações, mensagens ou e-mails suspeitos

Ser lembrado é bom, mas nem sempre. A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, a Abecs, lançou uma videoaula alertando para “falsos motoboys”. O vídeo, estrelado pelo humorista Marco Luque, trata de um novo “golpe” na praça. Um cliente recebe o que supostamente é a ligação de seu banco, dizendo que seu cartão magnético foi clonado. Pede-se que, “por segurança”, ele seja bloqueado imediatamente e entregue a um motoboy. Algumas pessoas, inocentemente, acabam digitando sua senha, destruindo seus cartões e dando seu endereço nesse processo.

“Mensagens premiadas” via Whatsapp ou SMS que pedem para que o usuário retire o “prêmio” diante de um depósito ou transferência bancária. Cuidado com elas. São golpe,

Há alguns aplicativos que ajudam a identificar e denunciar chamadas suspeitas. “Black List Call”, “Truecaller”, “CIA Free Caller ID”, “Whitepages”, “Bloqueador de chamada” e “Whos call/Quem chama” são gratuitos e ajudam a diminuir o risco.

No caso de telefones fixos, procure sempre um modelo com identificador de chamada (BINA).

3. Nenhum banco pede para que seus clientes digitem a senha fora de um ambiente de transação financeira

cartão magnéticoA senha numérica (ou alfanumérica) de seu cartão magnético foi criada para assegurar que o dono do cartão está autorizando o débito em sua conta. Por isso a recomendação é clara: jamais digite ou revele sua senha fora de uma situação de transação financeira.

Se alguém que você não conhece estiver se passando por seu gerente  ou funcionário de seu banco, anote o número e denuncie para seu banco imediatamente.

4. Consulte seu banco a respeito das formas mais ágeis de você ser alertado das movimentações em sua conta

Hoje o cliente pode ser alertado imediatamente a respeito de cada transação, por meio de notificação no celular. Se eventualmente ocorrer algum débito em sua conta, você pode ser alertado via SMS, por exemplo. Se ocorrer um débito suspeito, o cliente pode agir imediatamente. Ligue ou escreva para seu gerente e pergunte sobre as opções oferecidas por seu banco.

5. Desconfie de promoções “extraordinárias” demais

Como dizia a sua avó, “quando a esmola é demais, o santo desconfia”. No comércio online, de vez em quando podem aparecer promoções irreais aproveitando o oportunismo do consumidor. Celulares de R$ 3 mil por R$ 500 ou laptops por 1/10 do preço. Desconfie.  Isso são estratégias usadas para colher dados financeiros, documentos pessoais, endereço, entre outros, e que podem colocar em risco a segurança dos clientes.

6. Fique de olho no seu cartão e nos números das maquininhas

Não perca seu cartão magnético de vista e preste atenção no valor que você está autorizando debitar.Apesar da tecnologia disponível atualmente, vale o mesmo alerta dos tempos das máquinas manuais de cartão de crédito e papel carbono. Pense que um “zero” a mais pode passar despercebido, mas fará toda diferença no seu saldo bancário. E, claro, cuidado com olhares suspeitos dirigidos à sua senha e seus dados pessoais.

 

Paulo Filipe Lacerda