A tempestade passou e as águas parecem estar se acalmando. Esta é a mensagem que passa o comércio, segundo uma nova pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo a instituição, a confiança do comércio no Brasil cresceu em novembro e atingiu o maior valor em mais de 4 anos: 99,4 pontos. A subida de 6,9 pontos em novembro (antes estava em 92,5) elevou o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) ao patamar mais alto desde março de 2014.
Um dos fatores que podem ter influenciado essa alta na confiança do comércio é justamente a definição do período eleitoral. É o que analisa Rodolpho Tobler, coordenador da sondagem do FGV.
Os dois últimos resultados positivos da confiança do comércio sugerem que o pior pode ter ficado para trás. A alta expressiva de novembro confirma a recuperação da confiança do setor, um resultado que parece ter sido influenciado principalmente pela melhora das expectativas com o encerramento do período eleitoral, analisa.
Novos avanços podem estar por vir. No entanto, para que aconteçam, será necessária uma recuperação do mercado de trabalho. Outro fator primordial para isso é o fim da incerteza sobre a política econômica ser adotada.
Confiança do comércio gera boas expectativas
O aumento da confiança do comércio é extremamente saudável e positivo para a economia brasileira. Segundo uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a expectativa de contratação aumentou em 2.9%. Atualmente 70,1% dos entrevistados pela CNC tem intenção de expandir seu quadro de funcionários. Em outros meses do corrente ano, esse índice era de pouco mais de 67%.
Os ganhos com o Natal, por exemplo, tiveram uma nova projeção, segundo a entidade. Espera-se que R$ 34,5 bilhões sejam movimentados este ano. O valor é 2,9% maior do que o mesmo período ano passado, superando em mais de R$ 1 bilhão o Natal de 2017.
E as boas notícias não param por aí. No varejo, a expectativa de faturamento real é ainda mais alta: 4,5%. E a previsão para 2019 é ainda mais otimista: 5,25%