A história do calçado em Jaú.
Jaú e o calçado teve início no século XIX, com a chegada de um italiano chamado Guiseppe Contatore por volta de 1.900, que ao se mudar para cidade instalou a primeira sapataria da cidade. Foi com Guiseppe que muitos sapateiros aprenderam o ofício e se especializaram anos mais tarde. Com o desenvolvimento da cidade, em meados de 1930 já existiam muitas casas de couros e pequenas oficinas de pesponto como a Casa Arthur Bernardi, que empregava senhoras e adolescentes que costuravam os sapatos na profissão de calçadista. Muitos dos industriários pioneiros começaram a se profissionalizar nestas oficinas.
Na década de 1940, o trabalho no setor era restrito a empresários Romeu Muzegante, Galvanini, Carboni e Bernardes, os quais fazem os cortes de calçados masculinos e os vendiam para sapateiros.
Em 1950 começava o desenvolvimento das fábricas de corte. Surgiram em Jaú as pequenas indústrias de calçados, chamadas de “fabriquetas”. Os pioneiros dessas novas “ fabriquetas” foram Romeu Muzegante, Pompeu Crozera, Dionísio Momesso, Jarbas Faracco e Santo Rossignolli. Mesmo com escassez de mão-de-obra qualificada – os funcionários eram treinados e capacitados para a produção de calçados. Com o passar dos anos, alguns desses funcionários montaram as suas próprias empresas, dando início a um polo que atualmente dá a Jaú o titulo de Capital do Calçado Feminino.
O destaque desse polo industrial, no entanto, foi obtido a partir da década de 1980 e acarretou uma profunda transformação no espaço urbano de Jaú. O polo calçadista possui uma presença significativa na economia local e regional, sendo composto por aproximadamente 200 empresas que empregam cerca de 10 mil pessoas entre empregos diretos, indiretos e terceirizados. A produção de 60 mil pares/dia extrapolou o mercado nacional e foi parcialmente exportada para países como Estado Unidos, Emirados Árabes, Cuba, Mexico, Canada, França e toda América do Sul.
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