O mercado diverso que a moda precisa atender e carece de especialização para a diversidade. A moda inclusiva ou diversificada ainda é um tema polêmico e carece de debate. A hora de buscar alternativas para esses públicos específicos. O lojista é um dos players principais para essa mudança.
O mercado de calçados para o plus size, terceira idade, trans.
Para início de conversa o nome “tamanhos especiais” deverá estar com os dias contados. Essa abordagem não é aceita pelo politicamente correto, pois chamar um número de especial denota que quem usa é diferente e isso pode causar desconforto no cliente. Tendo isso em mente, a tendência é tomar esse produto como algo do dia a dia. Se por um lado os lojistas o evitam, pelo lado do fabricante, alguns posicionamentos veem sendo testados. Uma vez colocados no mercado, a procura grande fez com que, em algumas fábricas, 90% das linhas já tenham modelos produzidos em massa até a numeração 40.
Essa questão do receio é explicável. O lojista tem medo de comprar e ficar com o produto encalhado. Mas quem compra é grato e se sentindo atendido divulga a informação para todos os amigos. Pelo menos é o que afirma Eduardo Müller, diretor comercial da Usaflex, que apostou no desenvolvimento dos produtos para o público com problemas ortopédicos.
“A procura do público mudou e a tendência acompanha. Doenças também criam uma série de buscas e procurações para público específico como portadores de diabetes e joanetes.” afirma Eduardo.
A diversidade procura o meio digital
O acesso a informação é importante responsável pela grande capacidade do público em discernir o que é bom do ruim. O público jovem tem buscado diversificação com maior apetite enquanto o mais idoso, que não quer usar “coisas de velho”.
Marcas conhecidas são as apostas do público trans por uma série de questões. Lojas multimarcas, via e-commerce, são as mais procuradas e os itens são adaptados onde é preciso optar por design ao invés de conforto.
Outras diversificações e nichos
Meio ponto é uma discussão que implica em maiores custos. Tecnologias como impressoras 3D e o meio digital criam novos desafios da revolução digital. Nichos e mercado são objetivos da nova caçada ao tesouro, mas ainda falta demanda por parte dos lojistas.
Pesquisas apontam que 73% da população sentem algum problema com os calçados e ainda assim, 5 anos depois, ainda existem dificuldades econômicas que não são trespassadas. Na época não era viável, quem vai determinar as regras do jogo será o cliente.